Falta ou excesso de umidade podem fazer sua noite fracassar. "Quando a mulher apresenta excitação sexual adequada, a lubrificação vaginal chega a seu máximo e favorece a penetração", afirma o ginecologista Edílson Ogeda, do Hospital Samaritano de São Paulo. Assim, a transa rola sem desconforto ou dor, o que só faz seu prazer aumentar.
Vale saber que a lubrificação é diferente em cada mulher. Se na hora H você percebe estar seca, não se preocupe além da conta. Basta descobrir quais são as razões e as soluções para que o sexo volte a ser muito mais suave.
Cerca de um terço das mulheres jovens afirma sentir falta de lubrificação, de acordo com pesquisadores da Universidade de Indiana, nos EUA. Às vezes, a culpada é a pressa. Quando você acelera as preliminares, não chega totalmente excitada ao evento principal. Péssima jogada: "Na ausência da secreção, a penetração torna-se difícil e dolorosa", diz a ginecologista Elisabete Dobao, do Rio de Janeiro.
E, pior, contribui para infecções causadas por fungos. Se o seu parceiro é do tipo que vai direto para o vamos ver, peça mais brincadeiras. Ou, melhor ainda, conte a ele que é mais vantajoso se você chegar lá primeiro. Depois do primeiro orgasmo com masturbação, sexo oral ou um acessório, as chances de você ter uma boa lubrificação para o segundo round são maiores.
Não arranque os cabelos
Outros fatores levam ao ressecamento, como o stress. "Estar de bem com a vida tem uma influência positiva sobre a libido", diz Ogeda. "Com ela em alta, a lubrificação vaginal é mais adequada." Anticoncepcionais com pouco estrógeno, infecções fúngicas não diagnosticadas, amamentação, menopausa e alguns medicamentos (anti-histamínicos e antidepressivos) são outras causas.
No outro extremo, apesar de incomum, a lubrificação em excesso também causa incômodo - use uma toalhinha para secar a área e prefira preservativos sem lubrificante. Ela pode estar relacionada a um problema ginecológico e, por isso, deve ser investigada.
Faça a escolha certa
Nas farmácias e sex shops, há lubrificantes feitos de silicone, água, petróleo e óleo. A melhor aposta, em geral, são os à base de água: seguros junto da camisinha, fáceis de limpar e sem deixar manchas nos lençóis. Ainda assim, os especialistas sugerem testar os produtos para checar se não causam alergia.
Quem usa camisinha deve ficar longe de produtos de petróleo ou óleo, que podem destruir o látex. Já mulheres propensas a infecções fúngicas precisam procurar uma opção sem glicerina, que contém açúcares e promove o crescimento dos fungos.
Caso nenhum dos dois seja alérgico, vale experimentar opções diferentes, como os lubrificantes que esquentam. "O calor pode aumentar a sensação de prazer pela reação vascular local", diz Marzano. Mas, como a lubrificação em excesso pode diminuir sua sensibilidade, comece usando um pouco e vá adicionando mais.